Panorama sobre a distribuição dos conteúdos de números no currículo de matemática no Brasil


Todos os dias, a cada momento, nós estamos lidando com os números, de uma forma tão natural e corriqueira que nem percebemos. Não precisamos ir à escola para entrarmos em contato com os números, pois eles estão nas horas, na nossa idade, nas datas nos preços, no dinheiro etc. em suma, os números estão em nossas vidas, em atividades complexas como as do comércio, divertidas como as de um jogo entre amigos, ou em atividades simples, como as que realizamos quando é preciso saber quantas cabras tenho que ordenhar.
Dizer exatamente em que época os homens começaram a desenvolver o sentido do número é um desafio que os historiadores de matemática ainda não conseguiram superar.
Ao longo da História, diferentes civilizações organizaram-se em grupos, pastorearam animais, produziram e estocaram alimentos. Paralelamente a essas atividades, desenvolveram o sentido de número por uma questão de sobrevivência. Necessitavam de saber se a quantidade de milho era suficiente para todo o inverno, se o rebanho estava todo em seu domínio, ou se em caso de guerra, estavam em vantagem ou desvantagem. Usavam as mãos para representar as quantidades do que possuíam; depois, utilizavam pedras, paus etc.
Os números estão ligados à vida do ser humano desde os tempos mais remotos.
Podemos observar que a criança nas series iniciais, ou seja, na pré-escola começam a ter o primeiro contato, começando a aprender sobre o número um. Os alunos aprendem noções de quantidade, e são levados a montar seus próprios conceitos sobre números.
Os números estão ligados a quantidade não importando se está em ordem crescente ou decrescente.
A experimentação é utilizada para ensinar as crianças de uma forma lúdica e divertida, noções de contagem e símbolos (escritas dos números).
Já no 1º ano, a criança aprende a escrever e realizar as suas primeiras operações com números. Aprendem a relaciona-los com o seu cotidiano, utiliza-se ditado de números.
No 2º ano, estas operações são ampliadas e começam a trabalhar com duas parcelas e contar até determinados valores.
No 3º ano, aprendem a relacionar objetos a contagem. Conhecendo a unidade, as frações (divisão de partes).
Do 4º até o 5º ano, já conhece as operações e sabem o nome dos números, já sabendo desvendar pequenos problemas. Em especial nestes anos é aconselhado que trabalhem muito com jogos materiais concretos e experimentações.
No ensino fundamental II do 6º ao 9º ano, o aluno aprofunda seus conhecimentos já adquiridos no fundamental I, usando uma linguagem mais apropriada, através de fórmulas e técnicas que ele construiu anteriormente. Será capaz de sistematizar, organizar informações e demonstra uma capacidade de desenvolver operações formais, manipula figuras e concretiza construções mentais. Nesse período o aluno desenvolve fórmulas e técnicas para mais tarde serem usadas no ensino médio.
No Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, terá como finalidade a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos. É o período de preparação para o trabalho e a cidadania do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual, pensamento crítico e compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática.
Nesse período o aluno irá estudar geometria espacial, retas, planos, poliedros, prismas pirâmides, cilindro, cone, esferas, segmento de reta, ponto médio, paralelismo e perpendiculares. Esses conteúdos são de grandes utilidades práticas e corriqueiras.
O objetivo maior é a formação de um ser racional, com visão de espaço e capaz de analisar e tirar conclusões lógicas.